Como cobrar minhas costuras? Entenda para poder cobrar direito pelo seu trabalho

Vamos iniciar hoje uma série de posts relacionados com empreendedorismo e costura. Para você que quer começar a trabalhar com isso ou quer ganhar uma graninha com sua paixão pela costura. Vamos começar com como cobrar minhas costuras!

Quando pensamos em trabalhar com costura a pergunta mais difícil de responder é: Quanto que eu cobro por esse serviço? Essa pergunta é muito comum e muitas vezes até difícil de responder, mas conhecendo alguns itens podemos torna-la mais fácil. Vamos falar sobre:

  • COMO COLOCAR PREÇO NO QUE COSTUROU?
  • O VALOR DO SEU TEMPO
  • MANTENHA O FOCO!
  • EM BUSCA DE ALGO MAIS…

Primeiro temos que entender que o preço não é somente o valor gasto na peça, ele envolve muitos outros itens que não são visíveis e muitas vezes esquecidos. Esquecer alguns desses itens pode te trazer prejuízo ao invés de lucro. Normalmente é quando estamos produzindo e vendendo mas no final do mês não sobra dinheiro algum! Com as vendas achamos que estamos lucrando, mas se o preço está errado estamos perdendo dinheiro sem perceber!

Vamos dar uma conferida em alguns itens para levar em consideração!

COMO COLOCAR PREÇO NO QUE VOCÊ COSTUROU?

Vamos falar de custos! Custo seria tudo o que você gastou para fazer aquela peça. Existem itens óbvios como o material por exemplo, mas existem outros itens não tão óbvios, é ai que mora o perigo. Você pode nunca ter pensado neles no começo mas devem ser levados em consideração.

Vamos pegar como exemplo uma saia reta, pois é uma peça simples e já temos algumas ideias de valores no outro post. Então, quais são os custos associados ao fazer uma saia reta?

  • Tecido (um ou mais tecidos diferentes e suas metragens)
  • Entretela
  • Linha e fio para a máquina
  • Aviamentos (ziper, botão ou outros detalhes)
  • Modelagem (que pode ser sob medida ou comprada pronta)

Outros custos que podem não surgir de imediato, mas que podem aparecer durante a costura:

  • Agulha de máquina
  • Eletricidade para a máquina e a luz, no mínimo
  • Desgaste da máquina ou manutenções regulares
  • Combustível ou transporte para ir buscar materiais

Quando costuramos como fonte de renda nossa máquina é nossa ferramenta de trabalho, seu uso frequente gera um certo desgaste, por isso devemos sempre manter uma manutenção em dia, para que ela continue trabalhando bem por mais tempo.

Até agora falamos de custos diretos e relacionados com a confecção da peça. E os custos relacionados com a venda?

  • Hospedagem do site ou participação em um site coletivo mediante mensalidade
  • Aluguel de um ponto comercial se for loja física (mesmo que esteja em sua casa é bom colocar um valor referente ao aluguel)
  • Porcentagem da agência de pagamento (um PagSeguro, maquininha de cartão e outras)
  • Propagandas, panfletos, cartões de visita
  • Itens de entrega, sacola personalizada, canhoto de recibo e outros
  • Telefone (ligações para fornecedores, clientes, pesquisar preços e etc)

UFA! Realmente são vários os custos!

Mas não se preocupe tanto, muitos desses valores podem ser rateados em várias peças ou se repetem. A quantidade de eletricidade, por exemplo, que você consome em uma hora é a mesma, independentemente de você ter feito uma ou duas peças. Esses cálculos podem ser feitos apenas uma vez e depois usar o valor obtido em todas as outras peças (exceto o custo do material). Não precisamos ficar calculando o tempo todo para cada trabalho, você aos poucos conhecerá o custo de uma hora de serviço, quanto tempo levará naquele serviço, assim o cálculo do preço fica mais fácil.

Não podemos esquecer também de colocar o valor mais importante, o valor do seu TEMPO. Ele é que será a sua remuneração, uma espécie de salário no final do mês. Quando se costura para fora, como fonte de renda, você está trabalhando para você mesmo, então você precisa pagar um salário para si mesmo. Então porque ter todo esse trabalho sem nenhum retorno financeiro para você mesmo? Vamos pensar um pouco mais sobre o assunto!

QUANTO VALE O SEU TEMPO

Talvez você não considere costurar um trabalho, porque você gosta tanto de fazer isso que é até uma diversão. Mas pense, se você fosse trabalhar para outra pessoa, mesmo que você goste e se divirta no seu trabalho, você ainda espera um retorno financeiro no final do mês pelas suas horas trabalhadas. Então porque não esperar receber financeiramente um reconhecimento do seu tempo gasto com suas costuras e criações?

 

Infelizmente o mercado nacional não reconhece o valor de peças sob medida. Querem que as peças sejam da qualidade de sob medida, com material bom e caimento perfeito, mas querem pagar o mesmo preço de uma loja de departamentos, aonde são feitas milhares iguais e sem qualidade. Muitas vezes depois de compara nas lojas de departamento ainda levam as peças para a costureira ajustar. Mas ainda assim não valorizam esse profissional.

Mas estamos aqui para mudar essa ideia. O que não pode acontecer é desvalorizar seu trabalho e tempo. Só porque você trabalha em casa, no seu tempo livre, ou depois que as crianças estão dormindo, não faz do seu tempo menos valioso. Você pode até aceitar receber um valor mais baixo do que receberia em um trabalho formal, mas não pode deixar de receber.

MANTENHA O FOCO!

Muito legal para começar é você escolher um nicho de trabalho. Principalmente no começo. Querer fazer tudo leva a você não ser boa em nada! Escolha um tipo de serviço, sob medida, vestidos de festas, consertos, infantil, bolsas, o que você preferir; e foque nesse tipo de trabalho.

Fazer isso te ajuda também a ter uma ideia melhor do valor de mercado. Sabendo que você faz vestidos de festa, o tempo gasto é maio, consequentemente o preço será maior. E você pode comparar com seus concorrentes que fazer vestidos de festa, para saber se seus valores estão dentro ou fora do mercado. Não precisa começar uma guerra de preços, vendo quem faz mais barato, lembre-se você não pode desvalorizar seu trabalho, porém pode colocar algo justo e na média para atingir mais clientes.

Veja por exemplo essa comparação de valores em relação à saia reta que fizemos em outro post.

Para ter uma ideia de valor você pode fazer uma conta simples: pegue um salário que você gostaria de receber (seja justa). Você pode começar com um salário menor e depois ir aumentando. Pegue esse salário e divida pela quantidade de horas que você trabalha na costura por mês. Assim você sabe quanto vale sua hora de trabalho, e pode colocar esse valor nas peças que você desenvolve! Viu como é simples?

EM BUSCA DE ALGO MAIS…

O que não pode deixar de fazer também é sempre buscar aperfeiçoar seus conhecimentos. Com a costura, com seu negócio, novas técnicas e tecnologias. Existem muitas opções por ai, busque a que você mais se identifica!

Para isso a inara tem sempre cursos de especialização, aonde você pode desenvolver seus conhecimentos sobre o nicho especifico que quer trabalhar. Fora vários Workshops mensais sobre os mais variados temas, inclusive vários sobre empreendedorismo. Confira sempre os eventos no Facebook da escola.

cursos-de-costura

Gostou? Ficaram perguntas e dúvidas? Deixe nos comentários que iremos responde a todas para vocês!

3 comentários em “Como cobrar minhas costuras? Entenda para poder cobrar direito pelo seu trabalho”

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